Para driblar a bagunça e o desinteresse da classe de Bianca, Toninho, o professor de literatura, recita uma “canção de escárnio”, do poeta do séc. XVII Gregório de Matos, também conhecido como “Boca do Inferno”. A estratégia funciona e Toninho resolve aprofundar o tema e declama outras poesias, inclusive de cunho erótico – contextualizando-as dentro do estilo do autor e do próprio significado da Arte. Luara usa seu celular para gravar em vídeo a performance do professor, publica-o em sua página numa rede social, e muitos alunos “curtem”. O problema é que alguns pais também assistem, não gostam do que veem e pedem a cabeça do professor de Literatura. A diretora defende Toninho, mas os pais que lideram o repúdio são inflexíveis. A situação torna-se insustentável e o professor, para não complicar tudo ainda mais, pede uma licença. Pedro e Bianca, ao saberem disso, promovem uma mobilização para que o professor volte e tenha liberdade para dar suas aulas.