Os avanços na neurociência e na engenharia estão nos aproximando de uma realidade descrita pela primeira vez em grande ficção científica, na qual a inteligência artificial se torna indistinguível - ou talvez até supera - a inteligência humana. Isso poderia levar a um futuro em que os seres de inteligência artificial se tornem nossos colaboradores essenciais ou uma ameaça para o valores e a vida humana. Quais são os principais marcos que nos levam a essa singularidade e como isso afetará a evolução das espécies humanas?

Os avanços recentes na genética nos deram uma melhor compreensão da biologia dos seres humanos, abrindo novos caminhos que poderiam nos ajudar a viver mais saudáveis por mais tempo. No futuro, iremos além do tratamento de doenças individuais e, em vez disso, trataremos o próprio processo de envelhecimento? Como uma vida dramaticamente prolongada mudaria não só a base da sociedade, mas o que significa ser um humano?

Os avanços em gráficos e no poder de computação deram origem a um renascimento de tecnologias virtuais de plataformas de construção de mundos como o Second Life para fabricantes de fones de ouvido para RV como o Oculus Rift. Estamos vendo cada vez mais a transferência da atividade humana para espaços virtuais, oferecendo às pessoas experiências profundas através de personalidades online e até mesmo transformando a maneira como o mundo real funciona. Alcançaremos um ponto de inflexão onde a realidade se tornará uma sombra pálida dos mundos virtuais ricos e imaginativos que criamos para nós mesmos? O que isso significará para nossa percepção da humanidade? O que arriscamos perder?

Em uma única geração, a Internet transformou praticamente todos os aspectos da cultura moderna desde a maneira como aprendemos e trabalhamos até as formas com que nos comunicamos e nos expressamos. Como essa conectividade constante afetou nossos pontos de vista sobre a privacidade? Como eles continuarão a mudar, pois as novas tecnologias, como próteses neurais, nos ajudam a criar conexões instantâneas com a nuvem? Eventualmente, evoluiremos para a telepatia? Como isso afetará nossos relacionamentos uns com os outros? Isso nos dará novas ferramentas ou informações sobre a comunicação com outras civilizações que possam existir além da Terra?

O consumo excessivo de energia e recursos nos leva a um ponto de ruptura em que teremos que contornar engenhosamente nossos problemas ou procurar outros planetas para habitar. Se sairmos do planeta, teremos que torná-lo habitável para os seres humanos através de processos como terraformação, o que pode levar a consequências não desejadas para esse ecossistema. Essa visão de universo centrada no ser humano é a abordagem certa? E é possível que civilizações alienígenas tenham alcançado um ponto de inflexão semelhante?

Os seres humanos sempre tiveram um impulso para explorar o desconhecido. Este espírito indomável nos levou a novas praias, novas profundidades e, no século passado, a novos planetas. À medida em que o número de mistérios restantes no nosso planeta natal diminui, como devemos nos adaptar biologicamente para explorar mais distâncias no espaço? Vamos descobrir formas de vida remanescentes da Terra ou formas de vida inteiramente novas? Que fenômenos astrofísicos podemos vivenciar, e quão próximo eles estarão do que imaginamos na ficção científica?