Dib Lutfi

Dib Lutfi

camera - 80 anos
Origem: Marília, São Paulo, BrazilNascimento: 22/09/1936Falecimento: 26/10/2016

Bio

Dib Lutfi foi um diretor de fotografia e cinegrafista do cinema brasileiro. Mudou-se para o Rio de Janeiro no fim da adolescência. Em 1957, começou a trabalhar como câmera na TV Rio. Seu primeiro contato com o cinema se deu num seminário promovido pelo Itamaraty em 1962 com o sueco Arne Sucksdorff, com quem trabalharia em seguida como assistente de câmera no longa-metragem "Fábula - Minha casa em Copacabana" (1964). Mas foi com "O Menino da Calça Branca" (1963), de seu irmão Sérgio Ricardo, que estreou como cinegrafista de cinema. Foi um dos responsáveis pela consolidação da estética do Cinema Novo, representada pelo lema "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". Trabalhou com diretores como Nelson Pereira dos Santos (em Fome de Amor, de 1968, e Azyllo Muito Louco, de 1969, ambos premiados com o Candango de melhor fotografia no Festival de Brasília), Arnaldo Jabor (Opinião Pública, de 1967, O Casamento, de 1975, e Tudo Bem, de 1978, este também premiado em Brasília), e Ruy Guerra (Os Deuses e os Mortos, 1970, igualmente premiado em Brasília). A sua habilidade com a câmera na mão chamou a atenção de Glauber Rocha, que o convidou paraoperar a câmera de Terra em Transe (1967). Trabalhou ainda nos filmes "ABC do amor" (1966), de Eduardo Coutinho; "Edu, coração de ouro" (1967), "Feminices" (2004) e "Carreiras" (2005), de Domingos Oliveira; "Os herdeiros" (1970), "Quando o carnaval chegar" (1972) e "Joana Francesa" (1973), de Carlos Diegues; "Como era gostoso o meu francês" (1970), de Nelson Pereira dos Santos; "A lira do delírio" (1973), de Walter Lima Jr.; "Pra frente, Brasil" (1981), de Roberto Farias; "Harmada", de Maurice Capovilla; "Vida e obra de Ramiro Miguez" (2002), de Alvarina Souza Silva; e "500 almas" (2004), de Joel Pizzini. Foi seis vezes premiado no Festival de Brasília e quatro vezes pelo Instituto Nacional de Cinema. Em 2002, recebeu o Prêmio ABC de Cinematografia pelo conjunto da sua obra. Aposentado, Dib Lutfi viveu no Retiro dos Artistas até sua morte em 26 de outubro de 2016, vítima de pneumonia, decorrente de complicações provocadas pelo mal de Alzheimer .