Célia Raphaella Gonçalves Martins Biar nasceu em 10 de março de 1918, na cidade de São Paulo.
Ficou conhecida pelo nome artístico de Célia Biar, e além de atriz, em que se salientou como interprete de muitas comédias e personagens cômicos, ela foi também apresentadora de programas de televisão.
Formada em Teatro e filha de uma modista, ela começou a carreira em 1947, no Teatro,no espetáculo “Pif-Paf” e fez parte da Companhia Brasileira de Comédia por alguns anos. Ainda nos palcos se destacou em “A Noite de 16 de Janeiro”; “Arsênico e Alfazema”; “Luz de Gás”; “Nick Bar”; “Convite ao Baile”; “Inimigos Íntimos”; “O Mentiroso” e “Santa Marta Fabril S.A”.
No Cinema, ela apareceu pela primeira vez em um pequeno papel no primeiro filme da Companhia Vera Cruz, que foi “Caiçara“, em 1950. Em 1952, fez “Terra É Sempre Terra”, e em 1954, esteve em “É Proibido Beijar” e “Floradas na Serra”, ao lado de Cacilda Becker, como a narradora da história. Voltaria as telas em 1962 para participar de “As Sete Evas”, e em 1966, esteve em “As Cariocas”. A seguir pode ser vista em “O Mundo Alegre de Helô”; “Garota de Ipanema”; “Uma Rosa Para Todos”; “O Descarte” e “O Marido Virgem”.
Na TV ela chegou em 1957, participando do “Teatrinho Trol” na TV Tupi, e depois se tornou apresentadora do programa “Boa Tarde Cássio Muniz”, também na Tupi, em 1958. Voltou à TV, em 1962, no “Teatro Nove“, e em 1965, apresentou na TV Globo, os programas “Sempre Mulher” e “Sessão das Dez”. Em 1966, esteve a frente do programa “Quem É Quem?“, e em 1967, de “Oh, Que Delícia de Show”. Em 1969, foi uma das apresentadoras de “Alô Brasil, Aquele Abraço”, também na TV Globo.
Foi uma das atrizes mais atuantes da TV Globo nos anos 1970 e 1980, onde estreou em novelas em “Pigmaleão 70″, em 1970, atuando depois em “A Próxima Atração”; “Minha Doce Namorada”, onde viveu Tia Miquita; “O Primeiro Amor”; “Bicho do Mato”; “Carinhoso”; “Corrida do Ouro”; “A Moreninha”; “Estúpido Cupido”; “Locomotivas”; “Te Contei?”; “A Sucessora”; “Plantão de Polícia”; “Marina”; “Final Feliz”; “Brega e Chique”; “Sassaricando”; “Gente Fina”; “Deus nos Acuda”; “Quatro Por Quatro”; “A Justiceira”; “Você Decide”; “Torre de Babel” e “Suave Veneno”.
Célia Biar fez também programas humorísticos. De 1973 a 1974, participou de “Satiricom“, e de 1976 a 1980, fez “O Planeta dos Homens”. Em 1981, e até 1985, esteve em “Viva o Gordo“, e em 1983 no humorístico “Balança Mas Não Cai” e em “A Festa é Nossa“.
Célia Biar faleceu em São Paulo, em 6 de novembro de 1999, aos 81 anos de idade, vitimada por um câncer no pulmão.